NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

31 de jan. de 2011

FOI BONITA A FESTA, PÁ. FIQUEI CONTENTE.

Foi uma festa bonita, embora prejudicada pela chuva. As famílias, as crianças, as mulheres, muitos que teriam ido dada a promoção de distribuição de ingressos, não foram ao jogo, que inclusive teve seu início adiado em mais de uma hora, pois o campo não tinha condições, todo empoçado em razão da chuvarada. Era mesmo um tanto mar.
Mas à medida em que o campo foi secando - ainda restou, durante o jogo, bastante água na intermediária à esquerda das cabines -decidiu-se que ia haver o jogo.

Tirando o fato de que a festa podia ter sido com casa cheia, sabem de uma coisa, foi daqueles dias para o típico torcedor do JEC - e lá havia quase 5 mil deles - com muita chuva, em pé na arquibancada, muitos guarda-chuvas, acessório inseparável de quem freqüentava a metálica do Ernestão. Foi um jogo bem das nossas tradições.

O jogo, como eu dissera na sexta-feira, não era tão importante. Mas a vitória por dois a um, nos levando a 9 pontos, acabou sendo importantíssima - estamos entre os quatro primeiros. Agora o importante seria não ressuscitar o Avaí, na quarta-feira, às 22h, com transmissão da RBS (milagre! milagre!)
O jogo foi truncado - o que é até óbvio dada a chuva. A Chapecoense teve chances em falhas individuais de nossa zaga, mas foi o JEC que abriu o placar aos 27' do 1ºT, em escanteio bem cobrado (finalmente) pelo Ramon, no segundo pau, como deve ser. Até agora ele vinha cobrando baixo, no primeiro pau, e a zaga adversária sempre afastava com facilidade. Lima subiu e cabeceou para o fundo das redes.
Logo depois, Marcelo Bolacha, que jogou no Tricolor há uns dois ou três anos, tomou amarelo. 30 segundos depois de ser amarelado, deu uma bordoada em alguém do JEC - acho que no Ramon - e foi pra rua ainda na primeira etapa.
Mas não é que a Chapecoense continuou jogando bem, mesmo com um a menos (por que o Ovino só faz bons trabalhos nesses times pequenos?), e logo depois a Indiada empatou o jogo! Boa jogada pela lateral direita e, após o cruzamento, um bugre desses qualquer pegou de prima e decretou o placar empatado do primeiro tempo.

Logo no início do segundo tempo, quase num replay da jogada do gol chapecosuíno, outro gol, mas desta vez a nosso favor. Daniel cruzou da direita e Ramon, de voleio, fez seu quarto gol no campeonato e o segundo do JEC na partida, decretando já bem cedo o placar final.
Mas não se pode deixar de dizer que depois disso, a Chapecoense cresceu no jogo, teve boas chances, e o Tricolor encolheu. Paulo Sérgio esteve bem, salvando nossa zaga muito confusa, mas, de qualquer forma, vencemos. Pra mim Pantico fez boa partida, sendo substituído por Aldair já no final do jogo, sendo bastante aplaudido. É bom jogador, vai crescer e se entende bem com o Lima. Não adianta ficar queimando nosso anãozinho.
Não fosse aquele jogo horroroso contra o Marcílio e talvez tivéssemos 12 pontos (digo talvez porque o LM ainda estaria por aqui, incomodando, não fosse aquela derrota. E nada garante que com ele no comando o time  tivessse começado a se recuperar). 
Enfim, festa de aniversário e jogo de futebol são assim mesmo, às vezes mesmo sem que o aniversariante ou o time mereçam muito, ainda ganha um presentinho, e até uma vitória. Por fim, assistam ao vídeo acima produzido por Marcos Messias, do SOUJEC sobre a história do Tricolor. Vale a pena - são sete minutos que nos enchem de orgulho e saudade.
PARABÉNS, TRICOLOR, PELOS SEUS 35 ANOS. AVANTE, JEC!

Ficha técnica:
JEC 2 x 1 Chapecoense. Joinville, Arena, 29.01.2011
JEC: Paulo Sérgio; Daniel, Souza, Fernando e Fernandinho; Tiago Soller (Renan), Dias (Marcelinho), Ramon e Jocinei; Pantico (Aldair) e Lima. T: Giba.
Chapecoense: Juliano; De Lazzari, Kleber Goiano e Marcelo Ramos; Thoni, Everton César, Marcos Alexandre, Cléverson (Neílson) e Badé (Rafael Bittencourt); Leandro e Aloísio. T: Mauro Ovelha.
Público: 4.978 (total), Renda: R$ 53.685,00
Gols: Lima, aos 27/1T e Ramón, aos 4/2T – JEC.

28 de jan. de 2011

FIM DE SEMANA PARA BARBA, CABELO E BIGODE - JOGO E ANIVERSÁRIO DO JEC

Teremos um final de semana movimentado. Aproveitando a sugestão, nos comentários, do Sandro, leitor assíduo, falo do jogo e do aniversário do Tricolor - 35 anos - que nasceu campeão.
Nasci mais ou menos um ano depois da fundação do JECÃO, e comecei ir ao estádio, com meu pai, lá pelos 4 anos de idade. Então posso dizer que acompanhei de perto uns 30 anos da história de nosso Clube.
Nesse período, algumas alegrias, algumas tristezas, mas sempre parte importante de meu dia-a-dia, na arquibancada, ou com o ouvido colado ao rádio, ou pela internet quando morava longe de Joinville.
Vi Paulo Egídio (pra mim o maior), Nardela, Maringá, Wagner, Valter, Alfinete, Jacenir, Leandro, Adilson, Adilço, Moreno, Geraldo Pereira (mas também Geraldo Touro), Ademir Padilha, Paulinho Cascavel. Em outra época, Marcão, Magal, Zé Carlos (vulgo Zé Galo), Héverton (e até o Bandoch), Adão, Selmir. Vi Perdigão, Doriva, Lico, Fabinho, Juari. Nas vacas magras, Jairo Santos, Lica, Emerson, Pansera, Alcinei, Bandeira, Maurício, Silvy, Marlon, etc, etc.  Comentem aí os jogadores de quem vocês se lembram.
Já bati palmas pro Waldomiro, agüentei Florêncio, Bartholi, Adelir, Irineu, Márcio e Nereu.
São muitos boleiros e cartolas que já vaiei, já apoiei, mas sempre sabendo que o JEC é muito maior do que eu, do que qualquer nome, do que qualquer individualidade. É o JEC, porra!
Essa, aí abaixo, é a programação do aniversário de 35 anos do Tricolor. Não vai ter chopp, espero que a turma da V02 não seja evangélica - sem qualquer ofensa a quem seja - e contra a bebida. Aquele choppinho na Arena, nas manhãs de sábado era uma grande idéia. Participemos, compremos a camisa comemorativa (vão fazer um teste com a venda em lojas que não a Toca), gritemos, torçamos, berremos JEEEE-QUEEEE, JEEE-QUEEEE, a plenos pulmões. Eis a programação:

- Sexta, das 8 às 19 horas e sábado, das 8h ao meio-dia, Toca do Coelho: venda antecipada de ingresso, com desconto, para Joinville e Chapecoense.

- Sábado, às 10 horas, na Toca do Coelho: lançamento oficial (e venda) do livro “Glória e Fracasso: a história de uma paixão”, do estudante de jornalismo Alexandre Perger.
- Sábado, das 8h ao meio-dia, na Toca do Coelho: venda da camisa oficial de jogo comemorativa dos 35 anos do JEC, a mesma que o Tricolor vestirá contra a Chapecoense.
- Sábado, em horário comercial: atendendo aos pedidos dos torcedores, a camisa comemorativa dos 35 anos será vendida em outros cinco estabelecimentos. A princípio, serão cinco os locais: Apolo Sport, Cia do Esporte, HSports, RS Sports e Lojão Beber.
- Sexta, das 8 às 19 horas e sábado, das 8h ao meio-dia, Toca do Coelho: troca de ingresso para mulheres e filhos de sócios torcedores. Para o jogo entre JEC e Chapecoense, a entrada de esposas e filhos de sócios será franca. Para tanto, o sócio, munido da carteirinha, documento pessoal e documento dos familiares deverá trocar os ingressos na Toca, até ao meio-dia.
- Sábado, 19h30, Arena: jogadores vestirão camisa comemorativa dos 35 anos e entrarão em campo com uma faixa de agradecimento à torcida. Selo comemorativo no centro do campo. Show de fogos e fumaça na entrada do JEC em campo.
-Sábado, 19h30, Arena: A convite do presidente Márcio Vogelsanger, os ex-presidentes do JEC serão convidados a acompanhar a partida no camarote do clube, juntamente com outras autoridades.

Amanhã, portanto, todos à Arena. Gostaria eu de levar meu pai (que levava eu e meu irmão , um canguta e o outro no colo, nos jogos cheios), mas ele já se foi. Meu irmão também, com quem assisti a um JEC x Marcílio sob uma chuva imensa, mas ele também não está mais por aí. Meu filho ainda é muito pequeno - fez um ano outro dia - e se ele começar a chorar ou cagar nas calças, teria eu de sair do Estádio - e isso eu nunca faço antes de o jogo acabar (pra mim, quem sai antes pra evitar o trânsito é um puta corneteiro).

Por isso, como sempre, amanhã vou sair de casa, tomar umas cervejas de posto de gasolina e da padaria lá da esquina da Arena antes de, sozinho, ou com um grande amigo, tomar assento nas arquibancadas descobertas, preferencialmente atrás do gol dos fundos do Estádio, como fazia quando sentava no poleiro do Ernestão, e torcer, torcer, torcer.
Ah, falta falar do jogo. Desculpem-me, mas o jogo não tem importância nenhuma. Viva o JEC! AVANTE, JEC!

27 de jan. de 2011

A RESSUREIÇÃO: CONCÓRDIA 3x6 JEC - COMO FOI, PELO QUE OUVI NA RÁDIO

Eu falei que, EM TESE, não poderíamos perder de jeito algum prum timeco do tipo do Concórdia. Pois não é que aos 37' do 1ºT, o "galo do oeste" vencia o Tricolor por 3 a 0. E na rádio só se ouvia que o JEC estava jogando bem. Imaginem se estivesse jogando mal...
FENAL antecipada!
Parece - pois ainda não vi os lances - que Paulo Sérgio falhou novamente. Segundo o Fronzi, nosso arqueiro voltou a campo chorando para a segunda etapa.
Depois do intervalo (na verdade, acho que foi no intervalo, na conversa de vestiário), o JEC mudou. Giba tirou um volante - Dias, e colocou Marcelinho em seu lugar.
Ontem, Giba deu entrevista e disse que não era hora de fazer alterações ousadas, algo como jogar com três atacantes, tirando volantes, pois o time não vinha bem, e era bom ser cauteloso. Mas, perdendo por 3x0, deve ter pensado: "perdido por três, perdido por dez".
Aí, botou o time pra frente, o que, convenhamos, contra times pequenos deveria ser sempre a regra - jogar (em casa ou fora) pra cima, pois se temos mais time, deveríamos nos impor e atacar, jogar pra vencer e não para não perder.
Com essa alteração, e ordenando que Marcelinho caísse pra um lado para ajudar e fazer um-dois com o lateral, e que Pantico (e depois Marcelo Silva) fizesse o mesmo do outro lado, criando a possibilidade de triangulações, o time que segundo a mídia já vinha bem, armou uma virada como nunca se viu.
A um minuto, Fernandinho descontou; aos 8', Pantico; aos 18', Ramon, cobrando pênalti sofrido por Lima; aos 27', Lima fez o que parecia impossível no fim da primeira etapa, virando o placar; um minuto depois, Ramon, novamente, em outro pênalti, agora sobre Fernandinho. Jocinei fechou a conta do jantar com prato principal leitão assado, aos 44', com chute à longa distância, marcando seu primeiro gol como profissional. O placar final está aí acima, na figurinha.
Eu já vi um JEC 7x3 Marcílio Dias, no Ernestão, em 1997. Mas esse resultado é dos mais espetaculares da história Tricolor, transformando um jogo perdido numa ressureição, e espero, o prenúncio de uma nova fase do Tricolor neste estadual. Já ganhamos três posições na tabela, e uma vitória sobre a Indiada - no dia de nosso aniversário de 35 anos - nos colocará entre os 4 primeiros, além de reduzir drasticamente a diferença para o líder.

SEIS, PAPUDO!
Enfim, o JEC venceu como se fosse um jogo de truco. Aquele facãozeiro, sem porra nenhuma nas mãos truca, grita três. O jogador mais experiente e com mais cartas nas mãos, berra SEIS. E mostra as cartas que tem, pra não deixar dúvida da sua força. Engole, papudo.

Mesmo sem assistir à partida, é inegável que raça e vontade não faltaram. Um time que vinha sendo apático hoje não se abateu, mesmo com uma catástrofe nos primeiros 45'.
Grande parte de nossos problemas já foram resolvidos. Os jogadores derrubaram o LM, já mostraram que estão com o Giba. Lima, Ramon, Fernandinho - nossos três melhores jogadores -provaram que, quando querem, sabem o que fazer. Pantico voltou a marcar depois de um milênio. Nosso novo goleiro, o gladiador  Maximus vai estrear, porque infelizmente o Paulo Sérgio não agüentou a responsa. Nosso técnico viu que dá para ser ofensivo, sem desmontar o sistema tático, principalmente contra os times mais fracos do campeonato. Agora acho que vai. Mal posso esperar pra ver o que vai acontecer no sábado.AVANTE, JEC!

Ficha técnica: Concórdia 3 x 6 JEC. Estádio Domingos Machado de Lima, 26/01/2011
JEC: Paulo Sérgio; Eduardo (Daniel), Souza, Fernando e Fernandinho; Tiago Soller, Dias (Marcelinho), Ramon e Jocinei; Pantico (Aldair) e Lima. T: Giba.
Concórdia: Segala; Dedimar, Vagner, Cássio e Tiago Cristian; Machado, João Paulo (Oliveira), Abel (Dinho) e Juninho; Selmir e Mazinho (Wesley). T: Luiz Muller.
Gols: Juninho, aos 10/1T e aos 25/1T, Selmir, aos 37/1T – Concórdia. Fernandinho, a 1/2T, Pantico, aos 7/2T, Ramon, aos 18/2T e aos 28/2T, Lima, aos 27/2T e Jocinei, aos 44/2T - Joinville.

26 de jan. de 2011

JEC x CRIADORES DE PORCOS

Vamos a Concórdia hoje, jogar contra o time dos suinocultores. Não sei nada além de que é mais um time que veio da segundona catarinense e que, em tese, não poderia ser páreo para nossa equipe. Por isso, não há muito a falar, mas vamos lá.
Antigamente, jogávamos contra eles, embora eu não me lembre. Em 10 confrontos são 3V,5E e 2D (informação do blog confrontos do JEC).
Nesse Estadual, o timeco do escudo aí acima tomou uma sapecada do Tigre na estréia (6x1) - mas nós também tomamos um sacode do Figueira (0x4).
Depois venceu o time para o qual Maceió torce - o Imbituba - em casa, por 3 a 1, com dois gols do bom Selmir (acho que é de se observá-lo durante o Catarinão; pode ser jogador pra compor o elenco para a Série C e tem bonita história no JEC).
Na última rodada, perdeu por 2 a 0 dos metroviários, em Blumenau.

Nosso time, sem muita invenção nem grandes novidades, tem formação praticamente igual às que até agora não jogaram merda nenhuma no Catarinão. Vamos ver ser realmente o que faltava era só ânimo, só apoio ao ex-treinador. O time será: Paulo Sérgio, Eduardo, Souza, Fernando e Fernandinho; Soler, Dias, Jocinei e Ramon; Pantico e Lima.
Concluindo: lá em Concórdia ocorre a FENAL - Festa Nacional do Leitão Assado. Pois que aproveitemos o mote da festa, e tracemos nosso adversário. Cuidado, porém: não joguemos pérolas aos porcos, ou seja, não vamos dar chance pra que um timinho desses aí faça a fama em cima de nosso Tricolor. Precisamos começar a nos recuperar na Tabela, porque logo virão jogos difíceis contra Avaí, Chapecoense e Criciúma.  AVANTE, JEC!
Apitará José Acácio da Rocha, um péssimo árbitro. O pênalti que ele deixou de dar a favor do Criciúma contra o Avaí (beneficiando time da capital? - que surpresa!) foi vergonhoso. O jogo é às 20h30, lá no Velho Oeste.

25 de jan. de 2011

GIBA NÃO É MAIS DO MESMO; O JEC TAMBÉM NÃO PODE SER

Antônio Gilberto Maniaes - o Giba - é o novo técnico do Tricolor. Aliás, o 7º novo treinador da gestão Márcio/Nereu, e o 5º num espaço de 12 meses. Será que os 5 técnicos desse último ano é que estavam sempre errados? Mas vamos adiante.

Não quero nem ler o que escrevi quando chegou Edinho, pois acho que o post pode ser bem parecido - e isso não é bom sinal, e como não quero destino para Giba igual ao que teve o Nazareno (não foi crucificado, mas quase), deixo pra lá.  Mas pra quem quiser ver algo parecido com o que vai abaixo, aqui está.
Não basta só mudar técnico.
O Clube também tem de mudar.

Já disse em outra oportunidade que fazia anos que o JEC vivia um círculo vicioso. Era mais ou menos assim: Mauro Ovelha vai bem no AH Aichinger - contrata; em Joinville não faz nada. Gelson vai bem no Tigre, em Joinville é uma merda; Macuglia vai bem na PQP, no JEC é um ignóbil; Edson Gaúcho vence a série B com o Criciúma, no JEC é demitido em 5 rodadas.
Não fosse esse cacoete feio - o de chamar qualquer um que ganhe um joguinho, ainda que no par ou ímpar - havia o outro, o dos eternos retornos - do tipo (e agora é pros mais antigos em JEC) Rafaelle Granitti, Lauro Búrigo, Ladinho, Abel, daí Granitti de novo, e Búrigo de novo, e assim ad infinitum.

Edinho foi uma grande novidade - técnico campeão de série B, eixo Rio-São Paulo; Moysés Cândido, outra boa nova - participou de campanhas vitoriosas (a nível nacional) com o Paulista e com o Avaí; Giba é a terceira boa notícia - em tese - em um ano.

Digo em tese, porque é de ser ver que Edinho durou apenas 66 dias no cargo de Treinador; o Cândido (ou do Otimismo) ainda não disse a que veio, parece personagem de "Onde está Wally", pois quase não se vê o parceiro de Cunegundes no dia a dia tricolor. No máximo, foi garoto de recado do Nereu para noticiar a demissão ao Leandro Machado.

Para o Giba, contrariando a lógica recente, torçamos para que dê tudo certo.  Acho que nisso (e não muito mais do que nisso) o Nereu acertou - chega de técnicos que já passaram por aqui, que acham que porque treinaram o Imbituba ou Brusque podem assumir o JEC.

Por fim, o que fez Giba em sua carreira que o credencia para comandar o JEC em campo?

1. Bom, primeiro foi jogador de grande clube. Esteve no Corinthians campeão brasileiro em 1990, com o gol do "amuleto" Tupãzinho. Sabe lidar com o bafo na nuca (ui!) da Torcida .

2. Depois, treinou Guarani, Portuguesa, Sport, Paulista de Jundiaí, Fortaleza, Remo, Ipatinga, Santa Cruz, São Caetano, e o SANTOS.
Porra!, quem lida com grandes (Santos) e médios paulistas, grandes do Nordeste e Norte, não vai tremer à frente do JECÃO - espero eu.
Treinou o Santos vice-campeão paulista em 2000, e o time era "só" esse aqui: Carlos Germano, Baiano, Claudiomiro, André Luís e Rubens Cardoso; Anderson Luís, Rincón, Valdo e Robert (Eduardo Marques); Valdir (Dodô) e Caio (Deivid). 
Quem já lidou com malacos do tipo de Rincón, com Dodô no banco, e o  maluco do Robert na meia-cancha (é sério, ele chegou a ficar internado na ala psiquiátrica quando jogava no Grêmio, com depressão) não vai se assustar com cara feia de quem quer que seja por essas bandas.

3. Venceu uma Série C em 2001 - é verdade que faz tempo - com o ETTI-Jundiaí (atual Paulista), quando a competição se assemelhava muito mais à atual Série D (havia 65 clubes naquele torneio) do que à C de 2011, que terá 20 clubes.

4. E Giba já mostra não ter medo de se arriscar: fez contrato sem prazo, ou seja, pode ser demitido (mas também pedir o chapéu) a qualquer hora, sem indenização. E já se propôs a acompanhar o time no jogo de amanhã, com apenas um treino (tá cheio de nego que é contratado como técnico e não vai - ou não fica no banco - no primeiro jogo, para não se expor).

Por fim, descontraio: Se tem algo que me conforta na não-contratação do especulado Roberval Davino (que embora faça parte daquele eterno círculo de técnicos que sempre rondam o Catarinense, me agradava), é que o Divino é de Maceió, Alagoas, como vi em seu site pessoal.
Porra, agüentar um, todos os dias, já não é fácil; dois, seria desesperador. Com Maceió, um já é demais (o ditado "um é pouco, dois é bom, três é demais"  não conheceu o menestrel).
AVANTE, JEC! SORTE, GIBA!

24 de jan. de 2011

INTERVENÇÃO, JEC 0x2 MARCÍLIO E BYE BYE, SO LONG, FAREWELL

Há um programa horroroso no A&E, chamado Intervenção. Nesse programa desonroso, várias pessoas se aproximam de alguém com algum problema sério, e se juntam para chutar cachorro morto, para jogar na cara do intervindo todos os seus problemas. Avacalham com o vivente, chutam, cospem, humilham, enfim, fazem um ser humano sentir-se como o pior dos piores, com o propósito de "ajudá-lo" a superar seu "pobrema".
Eu não me imaginaria no lugar do intervindo. Há um livro (O sonho dos heróis) de Bioy Casares, argentino grande amigo de Jorge Luiz Borges (não confundir com o Borges de Garuva), em que ele diz a frase definitiva. "Se você soubesse como eu gosto de beber, saberia que eu tenho força de vontade e não me trataria que nem um bêbado". Se alguém se intrometesse nos meus assuntos, eu ficaria puto da cara. Qualquer pessoa normal ficaria puta da vida com um idiota qualquer se metendo em sua vida, sem saber o que acontece.

Difícil de tragar!
Mas... o fato é que o Leandro Machado se dispôs - voluntariamente - a esse papel ridículo, pois a intervenção que sofreu na semana passada (por culpa única e exclusivamente sua) foi merecida. Foi achincalhado pela imprensa, por este ridículo blogueiro, por seus próprios jogadores (Eduardo reconheceu ao vivo, na RBS, que o JEC tomou um passeio, um baile do Figueira), enfim, por todo mundo que entende minimamente de futebol.
E vou além... comparado com todas as intervenções da TV, nenhuma foi mais merecida que a de LM, o perdido (e já demitido).

Antes do jogo de ontem, abstive-me de fazer prognóstico, pois não havia previsão possível além da goleada, do massacre - em favor do Tricolor, para ser claro. Qualquer coisa diferente seria vergonhoso (como foi) - tanto que a Torcida berrou "Vergonha, vergonha!".

Olhar 43 - ou cara de manguaça?
O time foi uma piada. Zaga mal, volantes perdidos, meias de ligação inoperantes e lentos, ataque com poucas chances, e  tais, desperdiçadas. Essa partida foi uma das piores e mais chatas a que já assisti. O time me lembrou aquele em que fomos "tecnicamente rebaixados" no Catarinão.

A entrevista do Nereu na apresentação do Max - nosso novo goleiro - foi exatamente aquela intervenção de que tratei acima. Reclamou da escalação, do esquema montado, das substituições, enfim, de tudo que LM fez em Floripa. Não poupou uma única decisão do "seu" treinador - pois foi quem o contratou, após a demissão do Edinho. E, se bem me lembro, foi contratado exatamente pra botar o "time do Nereu" pra jogar - e foi o que fez, no início. Quando passou a pensar por si, LM começou com as cagadas (imagino os "instintos mais primitivos" - copyright Roberto Jefferson - martinelianos: "chega de intermediários; mais dia menos dia eu assumo essa porra!").

Aí, ontem, depois de sermos dominados, em casa, pelo Marcílio Dias (além dos dois gols sofridos, Paulo Sérgio fez pelo menos três ou quatro defesas difíceis), Leandro resolveu, na entrevista, retrucar - e para mim já falou quase como ex-técnico do Tricolor.
Disse que o time teve problemas na contratações, no refazimento da meia-cancha, que os volantes não andam bem, que lhe foi dito no início do ano que deveria apostar na base e fez isso, e agora querem outra coisa; que o importante é a Série C, e novamente parece já terem mudado de opinião. Para mim, pareceu tudo recado pro Nereu (e mandar recadinho pro chefe é a senha para que se abra a porta da rua).

Sem secadeira: LM até falou algumas verdades ontem (lembram do post perguntando se alguém em Joinville estaria preparado para ser coadjuvante no Catarinão?), mas isso não muda a minha opinião: LM não pode ser nosso técnico na Série C. Eu torço pra caralho pro JEC, quero sempre o melhor. Precisamos de um técnico de verdade. LM é um enrolador da porra - os três jogos desse ano foram medonhos. E é dado a trocar os pés pelas mãos em horas importantes - pra mim isso é o mais grave. Se não cair agora, cai logo (atualizado às 9h25 - LEANDRO JÁ ERA!!! - escrevi quase tudo antes de saber da demissão, por isso leiam com moderação o post - nem procurei notícias ontem, tão puto que estava com o time, e acordar cedo não é comigo). AVANTE, JEC! Vamos a Concórdia (e cuidado com o Selmir!).

Ficha técnica: JEC 0 x 2 Marcílio Dias, Arena, 23.01.11.

Público: 4.999 (total), 4.615 (pagantes) - Renda: R$ R$ 55.160,00
JEC: Paulo Sérgio; Eduardo, Souza, Fernando e Fernandinho; Tiago Soller, Dias (Aldair), Ramon e Marcelinho (Daniel); Marcelo Silva (Edinho) e Pantico. T: Leandro Machado (pela última vez).
Marcílio Dias: Márcio Kessler; Ferreira, Dudu e Flávio Luiz; Adans, Gilberto, Teco (Dionei), Maicon e Anderson Planta (William); Leandro e Cristiano (Wilsinho). T: Gelson Silva.
Gols: Leandro Branco, aos 7/2T e Maicon, aos 45/2T.

21 de jan. de 2011

DEU FIGUEIRA... NATURALMENTE.

É foda, mano! Vou cornetar um pouco, hoje. O time, menos; o técnico mais, muito mais.
Um de meus escritores favoritos - Carlos Heitor Cony - entrevistado, disse certa vez, que antes de ler qualquer obra clássica da literatura brasileira (Machado de Assis, José de Alencar, etc.), leu os clássicos da literatura universal antiga. O repórter então perguntou se lera tais obras (Ovídio, Plutarco, Virgílio) em latim. Cony, ex-seminarista, respondeu: NATURALMENTE.

Passo ao jogo de ontem. Perdemos do Figueirense? Respondo eu com a calma do Cony: NATURALMENTE. E por 4 a 0, e ainda ouvindo a torcida alvinegra bradar OLÉ na segunda etapa.

Eu tenho a plena impressão de que Leandro Machado anda mais perdido que cachorro em bateira, ou do que surdo em bingo, como diz meu amigo Carlos.
Durante o jogo, trocou os laterais de lado, e adiantou Fernandinho pra meia. Colocou Fernando. Começou com Jocinei (qualquer um sabe que um jogador inexperiente pode tremer num jogo pegado), em vez de Marcelinho, a escalação óbvia.
Outra coisa: lembram da cagada do LM na decisão contra o América? Tirou os dois atacantes titulares da partida anterior (então Pantico e Éder) e colocou na titularidade, na hora H, a ameba Charles e o "guri" Marcelo Silva.
Aí - é óbvio - deu errado no primeiro tempo, e na segunda etapa voltaram Pantico e Eder. Pois se sou um deles, eu mando o técnico tomar no cu, e agora se virar com seus novos titulares.
Pois não é que o nosso Treinador decidiu repetir a sua genial idéia genial: Tirou Marcelo Silva e Pantico, titulares no jogo passado, e colocou Lima e Aldair. Não deu certo ontem, de novo. E agora?

Marcelo e Pantico devem confiar no treinador? Eu não confiaria. E acho que logo todo mundo vai estar com a pulga atrás da orelha com nosso "professô". O cara entra e sai do time dia sim, dia não. O que esperar de um treinador que não lhe passa confiança? Quem vai jogar contra o Marcílio? Pantico e Marcelo, vaiados no último jogo e sacados contra o Figueira? Com que confiança eles vão entrar em campo? Olha, LM - decide: Calça de veludo ou bunda de fora. Cagar na calça é que não dá.

Ontem, até pela experiência e dificuldade da peleja, eu jogaria com pelo menos 3 jogadores diferentes do que fez nosso treinador (Fernando, Marcelinho, e Marcelo Silva ou Pantico no lugar de Aldair).
Ora, Aldair e Jocinei ainda não são jogadores prontos. São bons jogadores jovens, para segundo tempo, que tem de crescer junto com o time, e não serem a solução imediata de nossos problemas. Num jogo difícil como o de ontem, ainda que jogando mal, tem de estar no jogo os jogadores tarimbados (Marcelo Silva, Pantico, Marcelinho).

Aos 4' já tomamos a primeira bucha. Falha coletiva e um a zero e derrota já bem encaminhada. Depois de 90 min, quatro zero ao natural. Naturalmente!

E o Lima, porra? Eu o apóio muito, acho grande jogador (pro nível do JEC, entenda-se). Mas dar uma cotovelada e ser infantilmente expulso não facilita o papela de dar suporte a esse jogador (adora ser expulso, também).

E, por fim, ainda chove pra caralho em Joinville, e muitos de nossos concidadãos estão sofrendo com enchentes, perda de seus bens, etc. Força para nossos conterrâneos.

Vamos olhar pelo lado positivo: ano passado tomamos 5 no Scarpellli. Esse ano foram só 4. Já melhorou. Ainda bem que agora vem a baba do Marcílio Dias, domingo, às 19h30. AVANTE, JEC!

19 de jan. de 2011

FIGUEIRA x JEC: SERÁ DIFÍCIL, COMO SEMPRE FOI NA CAPITAL

Na minha infância, nenhum jogo era mais frustrante do que JEC x Figueira, no Ernestão. Não raras vezes, um guri como eu, ia ao estádio e o placar teimava em ficar em 0x0 nesse embate. Pra uma criança, jogo sem gol é a negação do futebol.

Malgrado tenhamos nos cansado de vencer títulos naquela época (o inesquecível título de 84, no Scarpelli, sob chuva que deus mandava - e que o Dalmo Bozzano ignorou e mandou acontecer a peleja, embora não houvesse qualquer condição de jogo - com o resultado contumaz de 0x0, e o JEC sagrou-se heptacampeão), o Figueirense era sempre um adversário difícil. Lembro-me particularmente do Albeneir, avante alto e magrão, mas um azougue. Até jogou no Tricolor, sem sucesso.
Nego Albeneir - um perigo!
Pois os tempos mudaram. Lembro-me de que de 1974 a 1995 o Figueira ficou 21 anos sem um caneco. A diversão no Estádio era ir contando: 1, 2, 3, 4... 21, e aí começar a cantar "Parabéns pra você", comemorando o longo jejum alvinegro.
Hoje em dia, o time dos "Estreitos Unidos" anda numa fase boa, vários anos seguidos na Série A, um rebaixamento e logo no ano seguinte, novo acesso. O JEC viveu anos de descontrole e má administração. Parece que a situação mudou (ou pelo menos, mudou o Tricolor).
Nosso futuro é, novamente, promissor. É verdade que "ser promissor" não significa que vai dar tudo certo, mas tão-somente (e isso não é pouco, concordo) que temos novamente um norte depois de anos tal qual biruta de aeroporto - apontando pra tudo que é lado, mas sem rumo certo.

Yes, we can!
Ora, se um time sai de uma seca total  de 21 anos e consegue melhorar e estar na Série A (seriam muitas as letras usadas para contar tal história), nós também podemos, como diria OBAMA, o Barack.

Pois, então, vamos para a Capital buscar um bom resultado e secar outros jogos(CRI x CHA, por exemplo).
Não sei como Leandro Machado vai armar o time (acho que nem ele sabe ainda), mas acho que será Paulo Sérgio, Eduardo, Souza, Renato Santos (eu contudo, preferiria Fernando)  e Fernandinho (parece que já está em condições físicas). Dias e Zanutto; Ramon e Marcelinho (prefiro este ao Jocinei); e na frente dois entre Pantico ou Marcelo Silva e Lima (já registrado no BID) - acho que o Aldair ainda ficará como opção para o 2º T. E concordo com essa opção. Não vamos jogar os guris aos leões tão cedo. Um mau resultado na Capital com eles na titularidade já daria ensejo aos comentários típicos da cornetagem joinvilense, de que os piás só jogam em casa, ou só jogam contra times menores, etc., etc., etc. AVANTE, JEC!

18 de jan. de 2011

SEMPRE É TEMPO DE APRENDER - AULA DE PORTUGUÊS DE PASQUALE CHIFRO NETO PARA MACEIÓ

Já que a grande notícia de hoje é o Chevette do Aldair, falo de outro assunto, de que nunca tratei por aqui: o Maceió.
Olha, aprendi com minha bisavó, que só soube o que era "fazer um 69" aos 96 anos - e aproveitou (ela me disse) a lição: "sempre é tempo de aprender".
Pois eu, Pasquale Chifrudo Neto dou de graça uma aula de língua portuguesa ao meu mais dileto quinta-colunista - o indefectível: LATENTE e PATENTE são palavras parecidas, mas com significados muito diferentes, meu querido.

Tá caro e não o quero mais perto!
 Cito a frase alagoana de sábado em que, mesmo antes do campeonato, agourava o JEC e prognosticava o sucesso dos manezinhos, para então mostrar o seu erro crasso, patente (evidente):
"Confesso que nunca tive vocação para pitonisa [e nem pra jornalista, digo eu], mas este Estadual parece ter sido escrito há 1,5 mil anos A.C. [que frase mal construída, hein?] e com um quadro bem emblemático: a superioridade da dupla da Capital é latente, por tudo que o futebol de hoje exige...". E por aí segue.
Não fosse apenas a eterna secadeira contra o JEC, o vernáculo, em três ou quatro linhas, é terrivelmente assassinado.
Não posso entender outra coisa senão a de que o alagoano quis dizer com "latente": que a superioridade de Avaí e Figueira é inegável, evidente, clara, cristalina.
Aí está o erro, cometido repetidas vezes em várias de suas colunas.
Para não dizer que eu invento e implico com o menestrel - não sejam injustos comigo - vou ao Dicionário Houaiss:
latente: "não aparente, não manifesto, oculto, encoberto".
patente: "que não deixa dúvida; claro, evidente, manifesto".

Não é óbvio que o colunista não sabe usar tal palavra? Mas também, relevemos, porque afinal, ele está há apenas 40 anos escrevendo no jornal, e um equívoco destes é "plenamente perdoável".

Já fiz essa pergunta outro dia, e a repito: o que garante um jornalista por 40 anos na mesma cadeira? Não há um editor, um dono de jornal, que veja que seu empregado e "jornalista" está ultrapassado?
Defendi e defendo: Deco (Edenilson Leandro) - a quem não conheço nem tenho procuração para sua defesa - deveria herdar a coluna Informal. A seriedade com que trata o esporte amador, a Primeirona, mereceriam reconhecimento. Se essa conduta cuidadosa, profissional tomasse assento na principal página esportiva de ANotícia, todos sairíamos ganhando.
O jornalista trabalha, a meu ver, com duas ferramentas: a informação e a língua portuguesa. No caso do citado maceioense, a sua oficina é carente de ambas. Informação é ruim, o domínio da "última flor do lácio", pior.
Maceió, em tupi-guarani, significa "aquele que tem asas". Mas há aves como os avestruzes. Por mais asas que tenham, nunca aprendem (e não aprenderão) a voar. No máximo enterram as cabeças para não ver o que está ao seu redor.
Ass: Pascácio Chifrôncio Neto.
AVANTE, DECO, DIGO, JEC!

17 de jan. de 2011

JEC 2 x 1 BRUSQUE: O FUTEBOL É O BRINQUEDO DO DEMÔNIO

Foi uma estréia apenas passável, com vitória, como esperado. Mas não exatamente como era esperado.

Vô te pinchá uma mardição; sará maligrina!

Eu pensei, antes mesmo do jogo, imaginando uma vitória tranqüila, em escrever algo como "o que importa não é o resultado, mas as observações sobre nosso time".
Discordo profundamente de mim mesmo. O que importa, hoje, é a vitória, o resultado. As observações deixemos mais para adiante. Esperemos o andamento do campeonato e o entrosamento da equipe.

O jogo, em breve resumo, foi assim: O JEC sofreu durante peleja, malgrado raramente ameaçado em sua defesa. Pantico perdeu um gol no primeiro tempo, e mais nada houve nos primeiros 45 minutos.
No início da segunda etapa, em uma jogada pela direita do ataque fenarrequense, o Brusque abriu o placar, numa daquelas cagadas que a zaga jequeana é useira e vezeira em fazer. A bola saiu da esquerda, alguém afastou mal; sobrou na direita, a bola veio cruzada, Paulo Sérgio espalmou, mas a bola bateu no Souza e aconteceu o famoso auto-gol (o conhecidíssimo gol contra).

Aí, vi na torcida aquilo a que estou acostumado há décadas. A corneta começou a soar. A "arquiba" deu uma de traíra, vaiou Pantico, vaiou Marcelo Silva (substituídos), começou a ir embora - lá pelos 25' do 2º T - e apressou o passo rumo ao estacionamento quando começou, ainda que de leve, a chover. Esses corneteiros não viram Aldair acabar com o jogo - e é muito bem feito. Mas, por honestidade, também não posso deixar de elogiar - acho que havia perto de 10 mil pessoas na Arena.

Estou absolutamente convencido: o futebol é um joguete do demônio, e nós somos os títeres manipulados por alguma força além de nossa compreensão, que nos faz ir da frustração e danação eterna ao êxtase em 5 minutos. A derrota inapelável rapidamente transformou-se em vitória espetacular aos 34' e 39' da segunda etapa.
O empate ocorreu numa jogadaça (vulga cagada) de Aldair, que lá da ponta-direita foi cruzar e fez o primeiro gol. Sorte pura. 
A virada foi bem diferente. Bola roubada na meia-cancha; Edinho (prata da casa) cortou pelo meio e abriu para Aldair (igualmente de nossas canteiras e DISPARADO o melhor em campo, ao lado do Dias, que jogou pra cacete). O alemãozinho costurou pela direita, pedalou lindamente próximo à linha de fundo, alçou a bola na área, que passou pelo primeiro jequeano, e sobrou pro Ramon, que com uma calma que não se vê nos mortais comuns, dominou, e deu um toque à direita do goleirinho brusquense. 2 a 1. Fim de papo.

Abro aqui um espaço para nosso craque. Não jogou nada. Está visivelmente fora de ritmo, mas heroicamente agüentou os 90 minutos. Mas - e isto é o mais importante - observando-o de perto, vê-se que tem um controle de bola inaudito, protege a pelota com o corpo de um jeito que os outros não fazem, sabe mais do que os outros 21 em campo.
A sua bola parada ainda está fora de tempo. As jogadas ensaiadas não foram tão bem ensaiadas assim. Ele ainda não sabe onde jogar a pelota dentro da área, pois seus companheiros não estão habituados à sua competência e não sabem onde a bola vai cair. Afora o gol, no primeiro tempo, pela meia-direita, abriu uma bola pro Daniel (que foi mal) que mostrou a diferença entre o jogador e o boleiro. E mais nada. Mas como jogadoraço que é, já morto, aos 85 minutos, recebeu dentro da área e matou o jogo. Vai nos dar muitas alegrias o Menezes, Ramon.

E faltou o Lima. Com a vênia dos corneteiros (como é chato falar tanto assim dessa espécie tão comum na Arena), acho que é dos melhores centroavantes que já passaram por aqui. Ah, ele não fez gol na final, contra o Avaí, dirão. É verdade! Mas é que sequer vimos a bola naquela disputa. Como fazer gol quando seu time é dominado por 180 minutos?
Com o Lima em campo, o jogo seria outro - só não vê quem não quer. Todas as bolas do Paulo Sérgio iam em direção ao nosso anãozinho - o Pantico - e nenhuma delas ficou em nossos pés. Com o matador dominando a bola e recuando pra Ramon ou Marcelinho (tem de ser titular, embora Jocinei não tenha ido mal) armarem a jogada, nossa posse de bola aumentará muito em quantidade e qualidade. Fernandinho e Lima transformarão nosso time em algo muito melhor.

Pois acho que é isso: jogo ruim, mas três pontos na tabela. As laterais estão estranhas, Fernandinho precisa jogar logo e o Eduardo - espero - que tome conta da direita; os jogadores da base foram muito bem; Ramon será um diferencial; Lima faz falta (chutando, diria que nosso time melhora 30% com ele). O JEC vai fazer um bom papel. Temos de comer a bola no turno (Avaí e Figueira já perderam pontos). Não gostei muito, mas estou esperançoso. AVANTE, JEC!
Ficha técnica: JEC 2 x 1 Brusque. Arena, 16.01.11.

JEC: Paulo Sérgio; Daniel, Souza, Renato Santos e Eduardo; Tiago Soller, Dias, Ramon e Jocinei (Marcelinho); Marcelo Silva (Edinho) e Pantico (Aldair). T: Leandro Machado.
Brusque : João Ricardo; João Neto, Vinícius, Thiago Couto e Cris (João Vitor); Fabinho, Leandro Leite, Teti e William (Paulinho); Aloísio (Leonardo) e Kito. T: Paulo Turra.
Gols: Teti, aos 6', Aldair, aos 32 e Ramon, aos 40', todos 2ºT.

14 de jan. de 2011

MAIS UM JEC x BRUSQUE - COMEÇA O CATARINENSE. AH, E O MEU ÍDOLO

Confronto "inédito" no Campeonato Catarinense.
Pois naquela eterna ciranda daqui de Santa Catarina, que nos leva a enfrentar adversários mequetrefes tais como Brusque ou Metrô, seis ou sete vezes num só ano, iniciaremos o Campeonato Catarinense mais uma vez contra a marrecada.

O Brusque fez um jogo-treino contra o "temido" Imbituba - time do tal de presidente Robertinho que o Maceió tanto adora e inexplicavelmente elogia quase todo dia - e meteu 3 x 0 na perebada lá do Sul.


MEU "ÍDOLO"
Abro rápido parênteses no assunto do jogo para falar do meu ídolo, o indefectível Maceió: eu escrevi este post ontem  e deixei pra publicar mais perto da hora da estréia do Tricolor. E pois não é que no jornal de hoje o inefável disse que o tal de Robertinho até consertou o alambrado para que o Estádio do Imbituba fosse liberado!? Vai puxar o saco assim de um completo desconhecido da torcida joinvillense lá na PQP.
E mais, qualificou a Chapeconse de "fortíssima" para este ano, pois finalista em 2009. Ah, menestrel, aí não dá! A indiada foi REBAIXADA em 2010, e só entrou, pela janela, nesse Catarinão-2011, porque o AH-Ibirama desistiu do Campeonato. Tenha dó de seus leitores.


Volto ao jogo: O Brusque entrou em campo, no jogo-treino, com João Ricardo, João Neto, João Vitor, Thiago Couto e Cris; Leandro Leite, Fabinho, William e Têti; Valdo e Kito. Também participaram da atividade Vinicius Orlando, Tom, Pereira, Marcelinho, Leonardo e Aloísio. Quatro dos onze que começaram a peleja já nos enfrentaram, por exemplo, na fatídica final da Copinha (João Ricardo, João Neto, Cris e Têti), e três destes são da zaga, o que em tese garante uma retaguarda entrosada.
O Aloísio Chulapa é um atacante razoável, com boa força, e pode dar algum trabalho, e deve fazer parceria com o Kito - vindo do RGS, no ataque fenarrequense. Um tal de Valdo, que parece ser bom jogador, está fazendo corpo mole para ir pro Criciúma e não deve jogar. William e Têti formam uma razoável meia-cancha. Do meio pra frente é um time que pode dar liga. É jogo parelho, até por ser início de campeonato.
Não consigo acreditar, contudo, em mais uma aprontada brusquense. Embora fora de ritmo de jogo, o JEC vem treinando quase que ininterruptamente, até em razão dos sucessivos adiamentos do julgamento no STJD, desde o ano passado, e pelo menos 7 ou 8 jogadores não poderão sequer alegar falta de ritmo.


Nosso time deve formar com Paulo Sérgio, Daniel, Souza, Renato Santos (vem treinando, mas pode dar Fernando) e Eduardo; Tiago Soler e Dias; Ramon e Marcelinho (ou Jocinei); Marcelo Silva e Pantico.
Célio Amorim no apito (ainda acho dos menos ruins). A propósito, o nível dos assopradores por aqui tá um horror. Espero que o Ganso tenha sido definitivamente aposentado.
Vamos todos à Arena! Embora mais uma palhaçada do Ministério Público (tenho seríisimas dúvidas se algum desses promotores já esteve num campo de futebol), limitando o acesso a 10.000 torcedores, por falta de câmeras para filmar a torcida, acho que essa medida, num primeiro momento não vai nos prejudicar, pois duvido que mais de 10.000 jequeanos esteivessem na Arena para esse jogo. Se der 5 ou 6 mil - o número aproximado de sócios, acho que já está bom, embora, com o incentivo de ver o Ramon em campo, pelo menos essa limite de 10 mil presentes deveria ser atingido. Vai rolar a bola em 2011. Boa sorte, Tricolor! AVANTE, JEC!

13 de jan. de 2011

GASTAMOS 150 MIL... E MUITOS OUTROS ASSUNTOS - ENTREVISTAS DO MÁRCIO

Este post é longo, pois são muitos os assuntos tratados. Desculpem a confusão, mas de qualquer forma, há muito assunto para que vocês comentem.

No apagar das luzes do ano passado, o Márcio, nosso presidente,  concedeu entrevista ao Mira e o Cacá (no programa Revista Esportiva na TV a cabo), por mais de 35 minutos, e falou bastante - vi no bom site SOUJEC.
Igualmente, no dia 09 deste mês, Márcio foi "entrevistado" pelos torcedores em "ANotícia", numa reportagem mais pobre, mas que também merece breve análise.

É importante assinalar as idéias anunciadas pelo Vogelsanger, e depois, com o tempo, digeri-las e analisá-las - e cobrar seu cumprimento, para ver se tudo realmente faz sentido. Pontuo os assuntos:

1. Disse o Presidente: gastamos 150 mil no refazimento do campo do CT. Ora, aí faltou alguma imaginação ao JEC - é a falta de um marketing competente.
Embora a existência desse novo campo seja uma grande notícia - chega de treinos no Cheyenee ou em outras tribos indígenas - esse dinheiro poderia sair de outras fontes.
Eu tentaria (já que nossas empresas relutam tanto em patrocinar o JEC) pedir 150 mil pra Tupy (que deu 50 contos praquela bosta de placar que até agora não vi funcionar - pifou no primeiro tempo contra o América) ou pra Embraco (ou qualquer outra) o dinheiro para um segundo e um terceiro campo, e aí, sairia no AN, por exemplo: hoje o JEC treinou no CT, no campo Embraco, ou no campo Tupy - olhem só a enorme exposição da marca que cada empresa poderia ter - por bastante tempo (estipulado em contrato, p. ex., 3 ou 5 anos anos), e por uma mixaria.
Essa agência Mágica vai vazar do JEC, e em boa hora, pois não fez merda nenhuma. É muito imobilismo quando precisamos urgentemente fazer o JEC voltar a ser amado dentro de nossa cidade. Hoje, afora quem vai ao jogo, o clima é de indiferença em relação ao Tricolor.


2. O JEC gasta cerca de 750 mil/ano nas divisões inferiores - 60 mil por mês - com o objetivo de criar jogadores e não de ganhar títulos na base.
Digo eu que está corretíssimo. Agora tem que fazer esses jogadores entrar no elenco e também fazer com eles rendam algum dinheiro. Parece que esse ano as coisas começarão a ser feitas nesse sentido.


3. Ampliação das instalações físicas do CT - Serão construídas 10 suítes para concentração do profissional, para economia com hospedagem pré-jogo, mais 68 leitos para amador. Mais uma boa idéia. O negócio é tirar do papel.


4. Construção de um terceiro campo no CT, com o objetivo de aproximar amadores dos profissionais - expectativa de ficar pronto já em 2011: remeto ao item 1, acima.
Temos que arranjar de graça esse campo. Gastar dinheiro aí seria incompetência da diretoria e da nova agência de marketing que será contratada.
Até "cofrinhos" na Arena, pra depositar centavos durante os jogos já seriam um começo. O troco da cerva sem álcool eu colocaria lá.


5. Receita mensal do Clube, hoje, em cerca de 350 mil/mês. Objetivo da diretoria - arrecadar 500 mil reais.
É um orçamento modesto. De time pequeno pra médio. Precisamos um salto que ainda não sei exatamente como dar, mas tenho algumas idéias - a serem alinhavadas em outro momento.


6. Patrocínio total de 110 mil/mês para exploração dos espaços da camisa - é o que espera o presidente. É realmente pouco. Precisamos mais.
Se a Consul - por influência política do Luiz Henrique da Silveira, é verdade - já pagou 150 paus por mês pra estampar sua marca no nosso manto - 110 merréis é uma merreca, para ser redundante.


7. O Presidente disse que não queria ser coadjuvante no Catarinense - ao contrário do que eu imaginava que aconteceria e do que foi dito no final do ano passado. Realmente, o JEC se reforçou e o homem cumpriu a palavra.
Se forem constatadas deficiências no catarinense, então vamos apertar o passo para ir bem na série C.


8. Disse o "homi": temos que ter pelo menos seis jogadores da base (hoje dez jogadores de nossas canteiras estão integrados ao elenco profissional). Está corretíssimo. Entre os goleiros - um da base; entre os zagueiros - três profissionais e um da base. Entre quatro laterais - um ou dois da base; entre os quatro volantes - um da base; entre os quatro meias - um da base; entre os cinco atacantes, dois da base (Lima, Chris e Pantico e mais dois guris).


9. Márcio reafirmou que os 5,5 mil sócios continuam. Tive informações de gente que é do Conselho Deliberativo de que o número baixou para menos de 4 mil. Se for verdade (e não sei se é, apenas reproduzo o que ou vi), então temos um grande problema. Na entrevista de ANotícia, o Márcio nas entrelinhas confirmou a diminuição dos sócios logo após a eliminação, dizendo que mais de mil tinham deixado o clube, mas que retornaram logo após a vitória no tapetão.


10. Dívida: A dívida era de de 4,5 milhões quando assumiu a diretoria. O Clube recebeu 4 milhões, mais ou menos, pelo Ramires. 3 milhões dessa grana foram para pagamento da dívida.
Dívida atual de cerca 1,5 milhão.
É pouco, e é administrável - depende apenas dos juros que estamos pagando.

11. Perda do dinheiro da Tabacos Leaf - uma bufunfa de 1,2 milhão ao ano, que era uma receita esperada e que não mais se concretizou.
Aqui haveria muita coisa a dizer, mas é melhor calar. Mais uma vez, esse patrocíno só nos foi dado por influência do Luiz Henrique - qualquer um sabe disso. Com a vitória do Carlito na prefeitura essa grana se foi. Não é culpa deste, e embora o desfalque nos cofres nos faça falta, o fato é que não há mais ingerência política no Tricolor.
Ouvi dizer que essa grana tá indo pro Caxias, sabe-se lá por quê!

12. Pagaram 300 mil de dívidas decorrentes de ações trabalhistas, deixadas por outras diretorias. Disso não duvido nada.


13. Pra terminar, disse uma grande verdade: quando assumiram (ele e Nereu), nosso time disputava  a segundona catarinense com a camisa do Juventus. Nãda poderia ser mais certo. Não dá pra negar que estamos melhor do que há dois anos. Falta muito? É claro que sim. Alguma coisa foi feita pra melhorar? A resposta também é positiva.


Tem muita coisa aí em cima para pensar e discutir. Vamos entrar nessa e pensar o futuro do JEC.
Mais uma vez, desculpas pelo post longo, mas é que o Márcio disse bastante coisa importante, e resumir tais informações não foi tão fácil assim. AVANTE, JEC!

12 de jan. de 2011

DOMINGO TEM ARENA. SERÁ? - PROBLEMAS COM O GRAMADO

Uma curtinha:
Watergate é ficha perto dessa revelação!
Recebi informação de fonte segura (diria Nelson Rubens: eu aumento, mas não invento!), de que se jogo de estréia contra o Brusque fosse hoje, a Arena não teria condições de receber a partida, não em razão das "exigências de segurança" absurdas de bombeiros e PM (aquele acrílico transparente com moldura branca atrás dos bancos dos treinadores é de um ridículo atroz), mas porque em razão das chuvas, a drenagem do campo deu chabu, e a grama se desprendeu e levantou inteira.
Me disseram que o pessoal da prefeitura está em polvorosa, tentando descobrir qual o problema com a drenagem, e que tá cheio de gente lá na Arena tentando resolver a merda que aconteceu.
De qualquer forma, ainda que resolvam a "questã", o gramado deve estar em más condições no domingo.
Se alguém conseguir ir até a Arena (pra mim hoje tá difícil) e confirmar in loco se essa informação é verdadeira, avise. AVANTE, JEC!

9 de jan. de 2011

FERNANDINHO CHEGOU! JÁ TEMOS UM TIME DESENHADO?


Bonita Camisa, Fernandinho!
Paulo Sérgio; Eduardo, Souza, Fernando e Fernandinho; Zanutto e/ou Renan e/ou Dias,  Ramon e Marcelinho; Lima e Pantico ou Marcelo Silva (Chris ainda vai se recuperar). É um bom time, melhor que o do ano passado. Como já disse outro dia, o goleiro é no mínimo do mesmo nível. A zaga é bem melhor, os meias de criação batem de longe William, Claudemir, Ricardinho, Emérson ou Miro Bahia. O ataque também é do mesmo nível de 2010.
Nossa carência, até outro dia, com a saída do Tesser, estava nas laterais, em que Eduardo na direita e a contratação de Fernandinho (tem só 29 anos, ainda tem lenha pra queimar) fazem com que tenhamos um ótimo esquerda e um bom direita, melhor do que no ano passado, em que a na ala esquerda sempre havia uma incógnita, com Chiquinho ou Eduardo.
Minha única dúvida são os volantes (que vão precisar se desdobrar em suas funções porque Ramon, é claro, não vai marcar), mas, convenhamos, não havia lógica no nosso time do ano passado, em que Carlinhos Santos era considerado (pela imprensa, principalmente) o melhor jogador da equipe. 
Num time, os melhores jogadores têm que ser aqueles com obrigação de criar, de fazer o time jogar, e volante não tem essa função. Volante carrega o piano. Esse ano fizemos diferente - e pra melhor.
É claro que corremos riscos - Ramon tem 38 e Fernandinho vem de contusões. Mas agora é hora de acreditar que vai dar certo. 

Não sei o custo desse time, mas temos de considerar que alguns de nossos jogadores mais caros foram embora (Tesser e Carlinhos Santos), e nos desfizemos de outros, a serem substituídos por juvenis que completarão o elenco. Talvez não esteja tão caro assim.

Outro assunto: o Márcio Vogelsanger concedeu duas longas entrevistas, uma no programa do Mira e do Cacá na TV, e outra ao jornal ANotícia. Pretendo comentar as declarações de nosso presidente em breve. AVANTE, JEC! FALTA UMA SEMANA!

5 de jan. de 2011

SE MAOMÉ NÃO VAI À MONTANHA, A MONTANHA VAI A MOISÉS.

No final do ano passado, prometi várias vezes falar sobre a contratação do tal gerente de futebol, que finalmente veio: Moisés Cândido. O Nereu falava nisso todo dia - pra lembrar da música do Gil interpretada maravilhosamente pela  Betânia.
Acontece que tanta coisa houve - acesso no tapetão, principalmente - que o assunto ficou para segundo plano. Agora que o furacão passou, trato do tema. 
Pois é, temos o tal "gerente", ou qualquer nome que se dê, e seja lá o que isso significa. Parece uma contratação acertada. Vai dar certo no Joinville?
Qualquer analfabeto administrativo, sabe que o downsizing, ou seja, o achatamento da hierarquia, para que entre a ponta do serviço e a direção de um negócio não existam múltiplas funções em uma única escala hierárquica.
Olhando de fora, o organograma do Joinville é Márcio → Nereu → Fontan → Leandro. Em que lugar o Moisés vai se encaixar?
Cândido - ou do otimismo.

Sempre que o Nereu falava em contratar alguém - antes da chegada do salvador do judeus, que abriu o Mar Vermelho e recebeu do próprio Todo-Poderoso as tábuas dos mandamentos - sempre dizia que precisava de alguém para auxiliá-lo, de alguém para aliviá-lo de algumas tarefas do dia-a-dia do JEC.

Ora, mas a contratação de um profissional gabaritado - Moisés, que se diz sabe montar elencos, que tem contatos, que contrata jogadores, não conjumina (gostou dessa, Maceió?) com essa idéia do Nereu, de ter um "assessor".
Moisés precisaria, a meu sentir, mais autonomia do que lhe é prometido. Sabidamente, o Márcio, com quem simpatizo muito, é um sujeito difícil, explosivo, que não gosta de ser contrariado (o Ramirez começou a se foder naquele episódio em que queria levar 19 jogadores a Chapecó e o Márcio bateu o pé em 18 - uma discussão idiota, como qualquer um vê). Nereu, para o bem e para o mal, é o responsável pelas contratações do Tricolor.
O Fontan é um assessor dispensável. Eu realmente não via sua utilidade antes, e agora, não vejo porque ele precise continuar no JEC - e olha que por uma coincidência absurda, há uns 30 anos, ele era muito amigo de meus pais (se ele lê esse blog vai ficar pensando por mais uns 30 anos quem é o autor dessas linhas).
Espero que dê tudo certo, mas estou pessimista. Acho que no primeiro confronto do Moisés com o Nereu ou com o Márcio, ele vai pro pau - e acho que não demora a acontecer. Se for verdade que ele aguentou 40 anos (sou ateu e tenho dificuldade com lendas e crendices) com os judeus para achar a terra prometida, na base do "com manah, adubando dá", no JEC, o tempo será muito, mas muito mais curto.

O que faz um gerente?
Termino dizendo que o organograma acima descrito, agora com o Moisés, deveria ser Marcio e Nereu na alta gestão (patrocínios, finanças, patrimônio, etc), e Moisés como elo de ligação entre eles e o time/treinador, com autonomia para coordenar o futebol (contratações, dispensas, contratos), respondendo por resultados e não tendo que prestar contas do dia a dia à presidência. E pra arrematar, eu rifaria o Fontan. Assim simples. Mas não vai ser assim. Naquele esquema lá em cima, simplesmente o Moyses vai entrar abaixo do Nereu e acima do Fontan, e pronto. Vai ser assessor do Nereu. E vai dar merda.
Esse homem, que montou um Paulista campeão da Copa do Brasil - em 21 anos apenas quatro times pequenos a venceram (Criciúma com Felipão, Juventude, Santo André e o Paulista)- , e criou um esquema vencedor no Avaí, não pode vir para o JEC para ser aspone de ninguém.
Afirmo aqui minha torcida veemente para que eu esteja errado. E quero muito, mas muito mesmo, daqui a um ano me retratar e dizer que errei e que o Moisés foi uma grande mudança (e para melhor) para o Joinville. AVANTE, JEC. SHALOM, MOSHE!