NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

24 de jul. de 2013

JEC ON THE ROAD - ACIDENTES. E VOLTAREMOS SEM MOTORISTA? - SIM.

PRIMEIRA PARADA: NATAL
Empatamos por zero a zero contra o lanterna ABC, em seus
O filme não tá nada engraçado!
domínios. Mau resultado, sem dúvida, embora tenhamos nos mantido no G4, agora na quarta posição.

Neste jogo, especificamente, acho que Arturzinho não errou, exceto pela manutenção de Ricardinho no time titular. As substituições, com a entrada de Liguera, Edgar Junio e Francis foram acertadas, e com o intuito de ganhar o jogo. Tentou, mas não conseguiu.
Pra falar a verdade, o ABC teve mais chances claras de gol, e foi melhor durante o jogo. Mas, ao jogarmos no segundo tempo um pouco melhor do que fizéramos na primeira etapa, podíamos até ter vencido o jogo - ainda que de forma injusta - pois Wellington Bruno perdeu um gol fácil após driblar o goleiro e, para mim, Lima sofreu um pênalti claro, aos 30' da etapa final de jogo - o goleiro Roballo sequer encosta na bola, pega só o Lima que deixa as pernas para ser atingido - e o foi. 
O ABC teve cinco chances de gol, três delas claríssimas, gols verdadeiramente perdidos pelo nosso adversário até que criássemos a primeira chance acima descrita, com WB após belo passe de Lima, aos 16' minutos da segunda etapa. Ou seja, levamos 60 minutos para criarmos uma chancezinha de gol. No fim, pelo pouco futebol apresentado, o empate foi justo, como seria justa nossa derrota. Somamos um pontinho fora de casa; só com o tempo poderemos dizer se foi bom ou uma bosta. Mas, seguimos na estrada.

SEGUNDA PARADA: JUAZEIRO DO NORTE
Agora, contra o ICASA, "o horror, o horror", como diria Joseph Conrad em seu Coração das Trevas.
Cadê aquele time das seis primeiras rodadas? Arturzinho esqueceu como se comanda um time? O time esqueceu como se joga bola, como se marca, como não se toma gol, como não entregar um jogo após estar ganhando por dois a zero? 
O ICASA, que ascendeu da Série C para a B neste ano, nov venceu em Juazeiro do Norte, terra do Padim Ciço. Padre Cícero bom mesmo é esse aí ao lado, na voz de Tim Maia. Mas divago.
O time, mais uma vez fez um primeiro tempo sonolento, medroso, e tomou um gol de forma justa.
Voltamos melhor na segunda etapa, com Liguera no lugar de Marcelo Costa, ganhamos um pênalti para empatar o jogo ainda no início da etapa final, e aí, Arturzinho resolveu insistir em sua alteração teimosa, tirando Ronaldo e colocando no jogo o volante Somália (seu mais novo xodó, ao lado do finado Jailton e do moribundo Ricardinho). Mais uma vez chamamos o adversário para cima, e o previsível aconteceu. O jogador pela ala direita deu um drible HUMILHANTE em Dênis (péssimo cartão de visitas de nosso novo lateral-esquerdo), e cruzou... Gol do ICASA e mais uma derrota na conta. 
Aí, com a merda feita, tirou Ricardinho e colocou Edgar Júnio. Infelizmente, Arturzinho virou o profeta do acontecido, que só vê as coisas quando elas já aconteceram. 
No jogo contra a Chape, já no intervalo, deveria ter colocado um homem pro contra-ataque, prendendo a zaga do time oestino, depois, tirou o único armador e o último atacante, trazendo os onze de verde para dentro do nosso campo; contra o Icasa, ao ver o time melhorar ofensivamente e até conseguir o empate, resolveu tirar um atacante e colocar um volante para garantir o resultado - e garantiu uma derrota. Às 23h de ontem a situação de Arturzinho parecia insustentável. 

ARTURZINHO JÁ ELVIS
Enquanto eu escrevia o post, saiu a confirmação da dispensa de Arturzinho. Os últimos resultados realmente foram muito ruins e por isso entendo a demissão. Mas há muitas coisas mais a serem pensadas e esclarecidas. Eu não tenho as respostas, mas tenho as dúvidas. Ei-las:
1. Arturzinho é o principal culpado? - Não há dúvidas de que errou nos últimos jogos, mas não há mais coisas entre o céu e a terra do que podemos nós, torcedores comuns, ver?
2. Nereu não anda muito afobado? Declarações à la Juvenal Juvêncio vêm sendo a tônica dessa gestão que se diz adepta do profissionalismo? Eu contrato, eu pago (até parte do salário do técnico, arrotava o presidente), eu demito, eu sei de tudo, não são atitudes descabidas?
3. O Joinville realmente precisa de um gerente/diretor de futebol se o Presidente é a única voz com poder de mando no clube? Ou calça de veludo ou bunda de fora - ou seja, ou se dá poder ao comando do futebol, ou extingue os intermediários, e deixa o Nereu, de uma vez, mandando no futebol - o que, afinal, é mesmo o que ele gosta de fazer, me parece que muito mais do que ser presidente do Clube.
4. Tuítes do presidente do Conselho Deliberativo Marcus Silva pregando a demissão do treinador são manifestações cabíveis?
5. O elenco estava rachado, estava desmotivado, estava contra Little Artur, havia nego sabotando? Se sim, que se identifique as "laranjas podres", e logo.
6. As mudanças repetidas de técnico (Miliolli, Argel, Leandro Campos, Artur Neto, Arturzinho) são a solução para nosso clube? 
7. Uma última dúvida que foi lançada pelo Bocão em uma de nossas conversas: com a demissão de Little Artur, Nereu não está finalmente livre pra fazer o que bem entender? Pois, se "os desejados das gentes" - Artur Neto e Arturzinho, que o povo queria - vieram e "viram, não deram em nada!", não estaria livre o Presida para bradar seu grito de (ainda maior) independência - agora é tudo comigo?
8. Vamos continuar indefinidamente a precisar de "um golpe de sorte", como bem definiu o Márcio Vogelsanger, ao demitir ou o Giba ou o Leandro Machado (nem sei mais quem foi o demitido, tamanhas as mudanças)?

Daqui a pouco, às 17h, tem coletiva lá na Arena. Vai que eu não vou. Veremos se já há um novo técnico. Apertem os cintos. O piloto (mais uma vez) sumiu! AVANTE, JEC!

20 de jul. de 2013

JEC KEROUAC: ON THE ROAD

Se alguém já leu o livro "Pé na Estrada", de Jack Kerouac me conte (eu não li, nem vi o filme do Walter
Salles, criticado, por sinal), mas achei imperdível o "trocadalho" de JEC com Jack, e a situação dos dois próximos jogos, do JEC, na estrada: ABC e ICASA. 

Bom, se nós criamos uma crise mesmo em terceiro na tabela (agora quarto, dada a vitória do Sport sobre o Bvaí - querendo entrar na zona, pra visitar a mãe - na noite da terça-feira), imaginem como estão ABC - dois empates e seis derrotas, apenas dois pontos - e o ICASA, que tomou de três a zero, em casa, do Oeste de Itápolis, e está atualmente com 10 pontos e acumula três derrotas em seus domínios. Devemos ir tranquilos - mas não acomodados - para os jogos, pois não há dúvida de que ambos os adversários estão muito mais pressionados do que nós, e têm as piores defesas do certame, com 16 e 17 gols sofridos, respectivamente.

O time deve ser escalado no primeiro compromisso, no sábado à noite, apenas com Carlos Alberto no lugar de Eduardo (que pode voltar na terça-feira, o que não deve acontecer se vencermos hoje à noite, às 21h). Temos time pra vencer ambos os jogos, e só devemos torcer para os dois últimos maus resultados em casa não terem conturbado o ambiente. 

Não podemos, como fizemos no returno do ano passado, entregarmos pontos para os lanternas (por exemplo, não vencemos os rebaixados Ipatinga, Barueri, Guarani e CRB fora de casa; ou pior, perdemos três jogos e empatamos com o Barueri). Vencer hoje e terça pode nos recolocar nos trilhos, para então vencermos o BOA em casa e fazermos o clássico contra o Figueira, novamente em boas condições, quem sabe na liderança do certame. 


O lanterna absoluto, e o time que faz vasos sanitários e que tomou de três a zero do Oeste de Itápolis nesta rodada, deve nos lembrar: uma boa cagada, tranqüila, não pode mais significar que o JEC deixou de ganhar jogos "fáceis" fora de casa. AVANTE, JEC!

15 de jul. de 2013

JEC 2X2 CHAPE: A VACA DEU VINTE LITROS E CHUTOU O BALDE

Tá exibida essa indiada.
O Joinville começou, embora bem marcado, dominando o jogo contra a bugrada, com Eduardo jogando da meia-cancha para o ataque, sem obrigações defensivas, cabendo a Marcus Vinícius a cobertura de nosso lateral. Deu muito certo, e as duas jogadas que resultaram nos gols de Ricardinho e Lima - de letra o gol deste, seu 133º gol com a camisa tricolor - isso sem contar o gol que fez contra os padres aqui da diocese (hehe). 
Um primeiro tempo com domínio do jogo, a Chapecoense só se defendendo e tentando arranjar algo no contra-ataque - teve uma bola com o Fabinho Alves, defendida por Ivan, sem grande esforço.
Tudo muito bem, tudo muito bom, time que vai para o vestiário vencendo por dois a zero, em casa, não pode se cagar na segunda etapa. Mas...

Comentávamos lá na arquiba, que no segundo tempo era cuidar para não tomar gol nos primeiros minutos, e aí meter o Kim pra tentar o contra-ataque (eu já teria posto o Kim no intervalo ou ainda no primeiro tempo, após dois a zero). Quinze minutos, e Kim entra no lugar de RRRRRonallldooo. O script vinha sendo seguido à risca, tal qual um storyboard do Hitchcock, até que veio a temida virada digna do mestre do suspense - pra matar do coração os espectadores. 

Primeiro, numa jogada pela direita de nossa defensiva - onde Ricardinho e Eduardo já vinham batendo cabeça na marcação, um cruzamento achou Bruno Rangel na área, e aí, aos 20', nossa vantagem diminuía perigosamente. 
Arturzinho, então, resolveu começar a errar - e este não foi seu único erro, mas foi o principal. Tirou nosso único meia de articulação, o Wellington Bruno - não me digam que Ricardinho é meia pensante, e colocou o eternamente lento Somália. Chamou a Chapecoense para cima de nosso time. 
Aos 28', Eduardo deu uma grande contribuição para a tragédia, ao entrar aloprado (by Mercadante, Berzoini et alii) e acertar um tapa - não na cara, mas no pescoço do jogador da Chape - foi bem na minha frente, eu estava lá em cima, perto do placar, e escutei o "estralo" do tapa. Rua.
Então Little Artur errou mais uma vez. Tirou Lima - que jogava bem mais uma vez, nos deixando sem qualquer presença além da linha de meio-campo, e colocou um tal de Ramon - volante do Sobradinho, que não acrescentou porra nenhuma (não nos esqueçamos que nas bolas aéreas defensivas Lima é um dos principais e mais efetivos jogadores, afastando as bolas no primeiro pau).
Aos 34', como diria o magrão, antes de falecer, "consumatum est". Bola alçada na área e Soares (ex-Figueira-Fluminense-Cruzeiro) empatou a peleja, que só não perdemos por detalhes. Resumindo, a merda estava feita. O empate a esta altura já era bom resultado.

O coice pequeno no balde foi dado por Eduardo, este balançou mas não tombou. Arturzinho, sim, deu um bico e esparramou tudo. Tem muito crédito, acertou o time na Série C e nesta Série B, igualmente. Mas não se pode esconder que ele errou - e muito - na partida de sábado. 
Há de se dizer que num time com Wellington Bruno, Marcelo Costa, Ligüera e Artur Maia (nem no banco ficou) dentro do elenco, parece-me inadmissível a intocabilidade de Little Richard. Porra, contra o Santos jogamos com dois meias ofensivos - aqui com Marcelo Costa e Liguera no segundo tempo, ou Liguera, Artur Maia e Liguera, como foi em Santos - e não perdemos poder de marcação. Arturzinho não pode morrer abraçado com seus "bruxos". 
Nereu já teve de tomar uma atitude e dispensar o Jailton para que Arturzinho desencarnasse desse jogador. Será que ele não vai ceder e ver que Ricardinho é uma boa opção, mas não o titular incontestável?

As reações pós-jogo foram intempestivas, e só pioraram as coisas. Nereu, useiro e vezeiro dessa tática destrambelhada, desancou o técnico, falou mais do que devia. Arturzinho reagiu. Na saída do campo, Ivan quase saiu no tapa com um zagueiro da indiada. Sob as arquibancadas, Eduardo veio discutir com a torcida (e a União também não tinha de modo algum de estar dentro das áreas privativas do Estádio), houve confusão com um "assessor de imprensa" - na verdade um torcedor travestido de profissional - da Chape. 
Enfim, terminamos a semana ainda no G4, mas em situação muito mais conturbada do que a começáramos. 

Baixar a fervura, voltar a treinar, chamar a turma na "chincha", conversar, corrigir os erros, e botar na cabeça que contra o lanterna ABC (dois pontos em 8 jogos, ou seja seis derrotas) só a vitória será admissível - e que se foda que é fora de casa - e que resultado diverso poderá acarretar mudanças, pois saíriamos do G4, e instalaríamos desnecessariamente uma crise num time que vem bem no campeonato.

Que não se esqueçam - ou melhor, que Arturzinho saiba - como eu já disse por aqui há uns tempo, que o gringo Sérgio Ramirez (adorado pelo Nereu) já está dentro da Arena, ali, à espreita. AVANTE, JEC!